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Existem pesquisas que apontam para a deficiência de vitamina D em pacientes com Esclerose Múltipla, sugerindo também que altos índices da vitamina auxiliam na prevenção do surgimento da patologia. De acordo com as pesquisas, em indivíduos brancos, o risco de EM
diminui significativamente (em até 40%) naqueles com alta ingestão de vitamina
D. O mesmo benefício não foi evidenciado
na população negra e hispânica.
Estudos com
pacientes com EM mostraram que a
administração de vitamina D preveniu o início de encefalite autoimune alérgica e lentificou a progressão
de doença.
Baixos níveis
séricos de vitamina D podem, ainda, estar relacionados com outros fatores como diminuição da capacidade física, menor exposição ao sol, efeito colateral de
medicamentos, além de fatores nutricionais.
A vitamina D e
seus pró-hormônios têm sido alvo de um número crescente de pesquisas nos
últimos anos, demonstrando funções, além do metabolismo do cálcio e da
formação óssea, incluindo sua interação com o sistema imunológico, o que não é
uma surpresa, tendo em vista a expressão do receptor de vitamina D em uma ampla
variedade de tecidos corporais, como cérebro, coração, pele, intestino, gônadas
(responsáveis pela produção de hormônios sexuais), próstata, mamas e células
imunológicas, além de ossos, rins e paratireoides.
Estudos atuais também têm
relacionado a deficiência de vitamina D com várias doenças autoimunes,
incluindo diabetes (DM), doença inflamatória
intestinal (DII), lúpus eritematoso sistêmico (LES) e artrite reumatoide (AR).
Diante dessas associações, sugere-se que a vitamina D seja um fator extrínseco
capaz de afetar a prevalência de doenças
autoimunes.
O acúmulo de
gordura corporal também é um fator predisponente para a deficiência de vitamina
D. Indivíduos obesos e com diabetes mellitus do tipo 2 (Genética)
podem apresentar um depósito de vitamina D nos adipócitos (células que
armazenam gordura), portanto, mais vitamina presa aos adipócitos e menos
vitamina D ativa na corrente sanguínea diminui a disponibilidade para a
sensação de saciedade ao hipotálamo, consequentemente aumento da fome e pouco
gasto de energia.
A vitamina D é
obtida através de três tipos de fontes: a partir da exposição solar, dieta e
dependendo do diagnóstico, da suplementação. A exposição solar assume-se como a
principal fonte de obtenção de vitamina D (80-90%). Por outro lado a vitamina D
obtida através da dieta representa apenas uma pequena parte das quantidades
necessárias para satisfazer as necessidades do Ser Humano. A maior fonte dessa
vitamina encontra-se em ovos, peixes, ostras, bife de fígado, salmão, sardinha,
cogumelos e atum. Acrescentar em nossa
alimentação diária uma porção dos
alimentos citados combinados com uma caminhada antes do meio dia, irá contribuir
para as necessidades diária de vitamina D.
Os níveis de
vitamina D desejados ou suficientes estão entre 30 a 40 ng/ml (75 a 100
nmol/l); são insuficientes se estão entre 21 a 29 ng/ml (51 a 74 nmol/l) e
baixos quando inferiores a 20 ng/ml (50 nmol/l). Os níveis ideais são ainda
desconhecidos, sugerindo valores superiores a 40 ng/ml (100nmol/l). A
intoxicação por vitamina D habitualmente não ocorre, até concentrações de 150
ng/ml(375 nmol/l) e ,a irradiação solar UV beta excessiva, não causa intoxicação
vitamínica porque a vitamina D3 excedente e a pré-vitamina D3 são fotolizadas
em fotoprodutos biologicamente inativos. (RIBEIRO et al., 2013).
A deficiência de
vitamina D é assintomática, porém, alguns sintomas, podem estar relacionados a ela, são eles: fadiga sem explicação, dor e fraqueza musculares, dores articulares e baixa resistência a infecções.
Portanto, caso
você esteja com algum desses sintomas, vale a pena se consultar com
profissional da área da saúde e conversar com ele a respeito do assunto. A
melhor maneira de descobrir a deficiência de vitamina D é fazer um teste de
sangue que medirá o nível dela.
Mayra Ribeiro Baptista
Nutricionista
Parabéns pelo post Mayra,
ResponderExcluirExcelente informação sobre as pesquisas que estão sendo realizadas com a vitamina D.
Com certeza as pesquisas continuaram a avançar sobre este assunto e ajudar cada vez mais as pessoas que possuem esclerose múltipla e outras doenças autoimunes.
Desejo que Academia Brasileira de Neurologia seja mais tolerante com a utilização de altas doses de vitamina D e que mais médicos prescrevam altas doses de vitamina D e vejam o sucesso alcançado com a grande maioria dos seus pacientes.
Muito bem colocada a necessidade e a utilidade da Vitamina D. Realmente demandamos muito mais estudos a respeito da utilização da mesma e a publicação destes, trazendo quantificações (dosagens), indicações, interações, para possibilitar maior utilização deste tratamento e estabelecendo seu real alcance. Lembramos que, na verdade, não é uma vitamina e sim um hormônio e como tal deve ser entendido.
ResponderExcluirOs valores séricos ideais de Vitamina D são entre 54 ng/ml e 90 ng/ml segundo Michael Holick, pesquisador pioneiro no estudo de vitamina D há mais de 40 anos. Ele que definiu os parâmetros utilizados hoje (obsoletos) por laboratórios e médicos.
ResponderExcluirPortadores de doenças autoimunes no caso Esclerose Múltipla não conseguem absorver a quantidade necessária apenas através de exposição solar, devido um erro genético (gene CYP27B1) por este motivo a necessidade de suplementar.
Em 30/12/2015 a A.A.N (Acadêmia Americana de Neurologia) publicou um estudo, onde afirma que a suplementação de 10.400 ui de vitamina D são benéficos para portadores de Esclerose Múltipla.
Há estudos que afirmam que uma proteína ativada pela vitamina D envolve a reparação da bainha de mielina.
Fontes:
1 - https://www.aan.com/PressRoom/home/PressRelease/1426
2 - http://www.cam.ac.uk/research/news/vitamin-d-could-repair-nerve-damage-in-multiple-sclerosis-study-suggests
3 - http://www.ageracaociencia.com/2016/04/06/a-vitamina-d-poderia-reparar-danos-neurais-na-esclerose-multipla-sugere-o-estudo/